Lei Magnitsky Global pega Moraes— e mexe no bolso
Com ativos bloqueados e transações proibidas, futuro financeiro do ministro ganha contornos complexos
Introdução
No dia 30 de julho de 2025, Alexandre de Moraes foi oficialmente incluído na lista SDN da OFAC, órgão do Tesouro dos Estados Unidos, com base na Lei Global Magnitsky (E.O. 13818). A partir daí, a vida financeira do ministro do STF ganhou um novo capítulo. É hora de entender o impacto real — e pontuar o que muda por aqui.
O que muda: banco, cartão e bens sob radar
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Congelamento de ativos nos EUA
Todos os bens ou interesses que Moraes possua nos Estados Unidos — diretos ou indiretos — foram bloqueados e passam a constar na lista de transações proibidas para cidadãos e empresas americanos. -
Transações com empresas dos EUA proibidas
Empresas norte-americanas, instituições financeiras e entidades controladas por cidadãos dos EUA não podem realizar qualquer operação com Moraes, a menos que haja licenças específicas da OFAC Controle de Ativos Estrangeiros. -
Cartões de débito/crédito limitados
Mesmo sem bens nos EUA — como diz o STF — Moraes terá problemas para usar cartões emitidos por Visa, Mastercard e outras empresas que operam no sistema financeiro dos EUA, já que bancos brasileiros evitam conexões com pessoas sancionadas. -
Restrições à família, mas sem evidência de ativos
A medida também revogou vistos dos seus familiares, criando dificuldades operacionais e de viagem para os próximos tempos U.S. Department of the TreasuryAP NewsPolitico.
Repercussões práticas: na vida de quem vive fora dos EUA
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Impossibilidade de transferências internacionais:
Mesmo que os bens estejam no Brasil, qualquer operação que reflita no sistema financeiro americano (como dólar, remessas ou câmbio) pode ser barrada ou zerada pelas instituições europeias e brasileiras, em busca de compliance. -
Restrições indiretas de crédito e investimentos:
Se tiver investimentos com fundos ligados a instituições americanas ou que utilizam clearing nos EUA, esses recursos podem congelar automaticamente — por prevenção. -
Serviços profissionais barrados:
Consultorias jurídicas, contadores ou gestores que atuam com entidades americanas correm o risco de ver os contratos rescindidos por risco legal de violação da lei americana. -
Sem retorno fácil nem apelo judicial rápido:
Embora exista recurso administrativo na OFAC, a suspensão das sanções depende de comprovação de mudança de comportamento, ausência de envolvimento nos abusos denunciados, ou julgamento dentro do interesse dos EUA — e isso pode levar anos .
O que já rolou no Brasil
Em reação ao anúncio, bancos como o Bradesco já correram atrás de pareceres jurídicos.
Enquanto isso, autoridades brasileiras — incluindo o presidente Lula — classificaram a medida como interferência grave e injustificada. Moraes reagiu com humor e firmeza, chamando o episódio de “plano traiçoeiro” e prometendo seguir firme no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Conclusão e reflexão
Para o ministro, é o tipo de notícia que bagunça a rotina financeira mesmo sem ter bens nos EUA. Mas pra gente, é um alerta claro: o sistema global financeiro tem freio de mão invisível — e qualquer deslize pode travar o motor. Moraes pode até manter a pose, mas no mundo sem dólar é difícil driblar a teia global.
E como sempre digo: “Não adianta mudar o sofá se a alma tá desarrumada.” O futuro financeiro do ministro deixou de ser local para ter impacto global — e o trem da soberania acabou de virar estação.
🔗 Fontes: OFAC, AP News, Reuters, The Guardian, Brasil de Fato. Usei consultas diretas aos comunicados oficiais e veículos reconhecidos.





